Sempre que posto algo sobre as aulas de inglês de meus filhos recebo muitas perguntas de mães em dúvida sobre a melhor idade para colocar seus filhos, ou a eficácia do ensino de uma segunda língua para crianças pequenas.
Eu tive e tenho uma dificuldade e resistência enormes no aprendizado do inglês. Não fiz aulas quando pequena, aprendi male-male o verbo To Be na escola. Depois de adulta frequentei alguns cursos, mas nunca fluiu. Tinha vergonha de pronunciar as palavras de forma errada e isso me travava completamente.
Fui perdendo o gosto e o interesse e hoje vejo o quanto o inglês me faz falta e muita. Sinceramente, diante de tanta tecnologia e globalização, quem não fala inglês é praticamente um analfabeto. Por isso, assim que fiquei sabendo do método da The Kids Club que ensina inglês para crianças, resolvi conferir e me encantei. Não tive dúvidas e matriculei meus filhos.
Inglês para crianças
Eu tenho comigo que uma carga muito grande de compromisso para as crianças é totalmente dispensável. Criança tem que ser criança. Tem que brincar. Mas por que não aprender brincando?
Foi isso o que mais me ganhou na The Kids Club. As aulas são totalmente lúdicas. Meus filhos tem prazer em participar das atividades propostas e encaram tudo como brincadeira mesmo. Já que as aulas são dadas entre jogos, teatro, músicas, culinária, brincadeiras ao ar livre etc…
O que é ensino bilíngue?
É capacitar o aluno a usar dois idiomas com as mesmas competências, na compreensão auditiva, na fala, na leitura e na escrita. O ensino bilíngue oferece uma formação cultural abrangente, e forma cidadãos conscientes das diferenças culturais existentes no mundo atual.
Qual a melhor idade para se aprender uma 2ª língua?
É cientificamente comprovado que, em se tratando do aprendizado de novos idiomas, quanto mais cedo, melhor! Toda a criança nasce preparada para aprender línguas, e se esta habilidade é estimulada desde a primeira infância, os resultados do aprendizado são rápidos e eficientes. As crianças aprendem mais, aprendem mais rápido, e aprendem melhor. Crianças tem maior capacidade para distinguir e reproduzir fonemas, o que permite a perfeição na pronúncia. Crianças não apresentam qualquer tipo de resistência ou interferência no processo de aprendizado, o que torna o processo natural, fácil, e bastante prazeroso.
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Aprender um novo idioma na infância pode “atrapalhar” o aprendizado da primeira língua?
O aprendizado de uma língua adicional na infância traz inúmeros benefícios. O principal deles é estimulação natural das conexões cerebrais, o traz benefícios de ordem cognitiva, pois promove uma melhora na capacidade de concentração, de raciocínio e de memorização, e até no uso de sua primeira língua, além de benefícios de ordem afetiva, pois aumenta a autoestima. Estudos demonstram que alunos de língua estrangeira pontuam mais alto em testes de uma forma geral.
Há confusão com a língua materna?
Durante o processo inicial de aquisição da língua, o aluno fará alguma mistura com palavras de ambas as línguas. Isto é totalmente esperado! A partir do momento que o aluno “internaliza” uma palavra ou uma estrutura no novo idioma, ele passa a usar esta nova palavra no seu dia a dia, e acaba formando frases com os dois idiomas misturados. Isto é parte do processo natural de aprendizado. Significa que o aluno está aprendendo de forma correta. Com o tempo, o aluno aprende a usar cada idioma separadamente.
É traumatizante para a criança entrar em uma classe onde a língua falada não é a dela?
Não. A linguagem não é a única forma de comunicação. Gestos, expressões faciais, corporais, tom de voz, choro e riso são recursos utilizados para a comunicação além do uso da língua materna. A criança utiliza estes recursos para se fazer entender dentro de um ambiente acolhedor e atrativo. O vocabulário de uma criança na Educação Infantil, ainda não está completo na língua materna (português), por isso, eles não têm nenhuma resistência em ouvir um “outro jeito” de nomear objetos ou se expressar.
O uso de uma segunda língua confunde a criança?
Não. Quando um bebê nasce ele ainda não compreende o que lhe é dito, mas aos poucos entende o vocabulário, repete palavras e sentenças simples, mistura palavras inventadas com palavras já aprendidas até que seu vocabulário seja suficiente para uma plena comunicação. O mesmo acontece com a aquisição da segunda língua. Primeiro ela a compreende, repete palavras ou sentenças simples misturando-as com a língua materna até ter condições de se expressar totalmente em qualquer uma das línguas. Ela aprende a diferenciar quando e com quem falar cada língua.
“Quanto mais cedo a pessoa tiver contato com outro idioma, melhor. Nós nascemos com a habilidade de discriminar os sons de qualquer língua, mas perdemos isso com o passar dos anos. Essa capacidade é mais aguda nos primeiros 5 anos de vida.”
Dr. Luiz Celso Pereira Vilanova – Chefe do setor de Neurologia Infantil da Universidade Federal de São Paulo.