Quanto tempo de nossas vidas temos desperdiçado com os olhos vidrados nos celulares e aparelhos eletrônicos? A tecnologia avança, nos tornamos capazes de resolver mil coisas ao mesmo tempo. Respondemos emails, marcamos consultas, fazemos compras, conversamos com pessoas distantes, conhecemos novas pessoas, fechamos negócios, nos distraímos com joguinhos, fuçamos a vida alheia… O útil e o inútil a apenas um toque. Nossos dedos que deslizam pelas telas do nossos Smartfones, iphones, ipads, tablets… freneticamente, tantas vezes em busca de nada. Nossos olhos que se prendem ali e deixam de enxergar algo que está tão mais próximo, tão mais valioso: nossos filhos, nossa família, nossa vida.
Nos conectamos com tanta coisa e deixamos de nos conectar com o que realmente importa. Tão comum presenciarmos em restaurantes famílias ou casais que se sentam à mesa e durante a refeição trocam pouquíssimas palavras, porque estão ligados em seus aparelhos celulares? Tenho certeza que você mesma já viu algo assim.
Hoje tomei conhecimento da Campanha “Conecte-se ao que importa” e confesso que me serviu como um alerta para mim (de algo que no fundo a gente sabe mas continua fazendo) e um grande sacolejo.
Conecte-se Ao Que Importa
É uma campanha que conscientizar a sociedade sobre a importância de os pais darem mais atenção aos seus filhos e combaterem o excesso do uso de aparelhos eletrônicos e das redes sociais tanto por eles quanto pelas crianças e adolescentes. São peças simples, diretas e extremamente impactantes para construir uma mensagem tão óbvia quanto necessária: “Conecte-se ao que importa” – Tem o propósito de enfrentamento de uma das formas atuais do abandono, caracterizada como violência virtual, que se inicia com a negligência dos pais e cuidadores de grande parte das crianças e adolescentes pelo desvio de seus olhares e atenção para as telas do mundo virtual.
Pesquisa divulgada pela AAHC hoje aponta que 66% das crianças com idade entre três e cinco anos já sabem brincar com jogos de computador, mas apenas 14% conseguem amarrar os cadarços dos próprios calçados. 83% delas se sentem traídas pelos pais que dedicam tempo exagerado aos aparelhos eletrônicos.
O uso excessivo das telas é prejudicial a saúde
A comunicação a distância acaba levando ao isolamento social, diminuição na formação de instrumentos psíquicos para lidar com o outro e consigo mesmo, danos à saúde pelo sedentarismo, à visão e à estruturação óssea, além de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e de aprendizagem.
Como resultado da exposição exagerada à internet e aos aparelhos eletrônicos, as crianças podem apresentar problemas graves como déficit de atenção, obesidade, privação do sono, atrasos cognitivos e introspecção. O esclarecimento é feito pela médica coordenadora do Programa Dedica – Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Luci Pfeiffer.
Ela reforça: “Da necessidade do uso, parte-se para os vícios e hoje se tem a Síndrome de Nomofobia ‑ ou No Mobyle Phobia ‑ em pessoas de todas as idades e profissões, inclusive da área médica, que não conseguem passar algumas horas longe de seus aparelhos celulares. Ao mesmo tempo, surgem os adictos à internet, com sinais de dependência que os retiram da vida comum, bem como síndromes de isolamento com o humano, sendo exemplo a síndrome do celibato, quando adolescentes e adultos preferem o relacionamento com parceiros virtuais, criados aos seus gostos e desvios psíquicos”.
Um desafio para mim e para você
A campanha Conecte-se ao que importa foi desenvolvida pela Tif conta com cards de impacto, que retratam situações comuns do cotidiano, para nos fazer refletir. E exatamente pensando nisso eu te desafio a separar um tempo do seu dia com seus filhos longe de celular. Reserve um momento do seu dia para fazer isso, ter esse tempo de qualidade. Tempo de conexão. Um tempo único e exclusivo para estreitar o vinculo e a afetividade com sua criança.
Sei que para quem trabalha fora, chega cansada e ainda tem que lidar com as obrigações de casa isso é as vezes tão difícil, mas quero te estimular a isso. Seu retorno será engrandecedor. No texto abaixo você encontrará algumas dicas simples de como fazer isso:
Como anda sua conexão com seu filho?
E ai? O que realmente importa para você?